sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Conversa com José Carlos Pereira, autor de "Sonhos para sonhar juntos"


Olá!

Boa tarde! Dando continuidade às conversas com autores e autoras, trazemos a entrevista com José Carlos Pereira, teólogo e autor do livro "Sonhos para sonhar juntos: Reflexões para revisar a vida", publicado recentemente pela Editora Sinodal. Confira a entrevista na íntegra: 

José Carlos Pereira

Você tem vários livros e artigos publicados. O livro Sonhos para sonhar juntos: Reflexões para revisar a vida é a primeira publicação com a Editora Sinodal. Como surgiu esta parceria?
R. Conheço a Editora Sinodal faz bastante tempo, mas a parceria surgiu recentemente, depois que eu apresentei uma proposta de publicação, na área da antropologia bíblica, mas o editor disse já ter uma obra publicada naquela linha e me propôs outro texto, nos moldes dos que eu tinha publicado numa página web, que unia fatos da vida com a realidade social. Assim, preparei algo no estilo de crônicas, com textos curtos sobre a vida, mas com referências e iluminações bíblicas e o apresentei. Ela foi aprovada e agora está sendo publicada a obra “Sonhos para sonhar juntos: reflexões para revisar a vida”. Espero que ela seja a primeira de uma série.
Vivemos numa sociedade imediatista, em que muitas vezes apenas o título de um texto é lido, conclusões são tiradas sem muito refletir. Em sua obra, você propõe a publicação de 34 reflexões que servem para revisar a vida e tornar as pessoas melhores. Como textos de reflexão, que exigem tempo do leitor e da leitora, podem contribuir num mundo em que tudo ou quase tudo parece ser imediato?
R. Eu ainda acredito na leitura de textos impressos, livros e artigos, e vejo que ainda há muita gente que lê, apesar de predominar características do mundo virtual, onde tudo é mais rápido e resumido. Um procedimento mais aprimorado, através da leitura paciente e reflexiva, ajuda formar a consciência crítica e a ampliar os olhares e os pontos de vista. E é esse o objetivo desta obra: despertar o interesse pela leitura. Por essa razão eu busquei preparar textos relativamente curtos e prazerosos, onde o leitor, depois de ler um texto, vai querer ler outro e outro até o final da obra. Esse tipo de obra me atrai e, como leitor que também sou, quis preparar algo do gênero, de modo que despertasse o interesse pela leitura. Assim, nesse mundo do imediato, textos breves pode representar um bom começo para o leitor adentrar em obras mais densas e longas. Eu acredito que a pessoa que ler um texto deste livro vai querer ler todos os outros, e no final ela estará bem melhor do que começou, porque os textos propõem ao leitor revisar a vida, começando pelo pensamento.
Qual é a importância da reflexão em sua vida?
R. Eu valorizo muito a reflexão. É ela que nos ajuda a ter clareza dos caminhos a trilhar, dos procedimentos a tomar. A reflexão muito contribui para um pensamento articulado e também para o equilíbrio da vida. Quando essa reflexão vem fundamentada em textos bíblicos, e em máximas eternas, como é o caso dessa obra, ela potencializa ainda mais esse fator, desenvolvendo a espiritualidade do leitor, e isso contribui e muito para vida.
Pedimos que você, como autor, destaque um dos textos publicados para que o leitor e a leitora possam sentir um “gostinho” desta obra.
R. De acordo com o momento que estamos vivendo, sugiro o texto “ver o mundo com novos olhares”. Penso que é disso que precisamos num momento de descrédito político e de tantas coisas que levam a muitos a desacreditarem não apenas na política, mas no ser humano. Olhar o mundo e as coisas com um novo olhar, um olhar mais acurado, resultado de reflexão, é o que esse texto propõe.
Suas considerações.
R. Estou feliz por essa obra ter sido publicada. Acredito que ela vai trazer mais leveza a vida dos leitores. Agradeço a Editora Sinodal por publicá-la. É uma forma de contribuir com a vida, tornando-a mais prazerosa, porque é isso que uma boa leitura propõe. Quem ainda não conheceu a obra, procure conhecê-la. Ela ficou linda por dentro e por fora. Vale à pena!

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Até a próxima!


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Conversa com Ingo Wulfhorst, autor de "Cura e fé: merecimento ou dádiva de Deus?"

Olá!

Hoje, para dar sequência à série de conversas com autores e autoras, trazemos a entrevista com Ingo Wulfhorst, pastor da IECLB e autor do livro "Cura e fé: merecimento ou dádiva de Deus?". 

Pastor Dr. Ingo Wulfhorst


Convidamos você a ler esta entrevista e conhecer um pouco mais sobre a obra, publicada pela Editora Sinodal:

Como surgiu a ideia de escrever este livro, sobre um assunto que é tão sensível para ser discutido, tanto no meio popular como no meio científico?

A gestação do livro “Cura e fé” foi um longo processo no meio popular e científico. Num bairro operário, há quase 50 anos, perguntaram-me durante um estudo bíblico: “Porque Jesus cura através da expulsão de demônios e muitas vezes cura sem expulsar demônios?” Auscultamos o Novo Testamento, continuei a pesquisar e respondo a pergunta no segundo capítulo do meu livro.
Durante decênios vivenciei cura e fé durante o meu trabalho pastoral e acadêmico, e este assunto foi um dos três eixos da minha tese de doutorado. Realizei muitas palestras em comunidades, em cursos de pós-graduação e várias vezes solicitaram publicar um livro sobre o assunto. Relutei, porque é um tema muito sensível e multifacetado. Mas a minha esposa Dorothea e o meu amigo pastor Robson Luís Neu da Editora Sinodal animaram-me com preciosas sugestões, e aos 74 anos de idade elaborei este meu décimo livro.

A questão do título do livro, se a cura acontece por merecimento ou é uma dádiva de Deus, provoca uma reflexão sobre o tema.

Na época de Jesus Cristo a doença era interpretada como pagamento de pecados pessoais e merecido castigo de Deus. Eram considerados impuros e, por isso, em muitos casos, excluídos da convivência religiosa e social. Em oposição total a esta interpretação, Jesus cura, perdoa os pecados e salva, por graça de graça, incluindo os excluídos novamente na convivência religiosa social. Cura, perdão e salvação são dádivas de Deus. Isto é um escândalo inaceitável para os líderes religiosos; eles conseguem que Jesus seja condenado à morte. O que significa isto para nós hoje? Respondo esta pergunta no primeiro capítulo do livro e cito uma parte de um testemunho de um cadeirante: “Hoje de manhã, no culto, eu experimentei uma cura e libertação bem diferente e maravilhosa ao ouvir que Deus não está me castigando com minha doença ou colocando minha fé à prova por ser cadeirante. Agora eu estou curado de sentir-me pagando meus pecados por não poder caminhar. Eu achava que eu não merecia o amor de Deus por ser cadeirante. Agora eu sei que Deus tem um amor muito especial e muita misericórdia exatamente para mim. A palavra de Deus, conforme o apóstolo Paulo, me confortou muito hoje de manhã e vai me acompanhar sempre: A minha graça lhe basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Estou bem animado e terei força para continuar a servir a Deus na comunidade e onde eu puder, pois agora sei que como cadeirante sou amado por Deus!”.

Você acredita que pensar positivamente, aceitar a si mesmo e ter fé/confiança em Deus pode evitar doenças e auxiliar no processo de cura de uma enfermidade?

Sim, está comprovado cientificamente que a espiritualidade vivenciada numa comunidade religiosa tem influência positiva sobre a saúde e auxilia na cura de uma enfermidade, por exemplo:
  • Quem frequenta semanalmente o culto, lê a Bíblia e ora em casa, apresenta 40% de risco menor de sofrer hipertensão, e o perigo de sofrer uma isquemia cerebral ou um enfarto fica reduzido.
  • Quanto mais religioso é um paciente, tanto mais depressa ele se recupera de depressões oriundas de cardiopatias, isquemias e outras doenças crônicas.
  • Quem participa regularmente do culto tem maior imunidade.
  • Para pacientes de doenças mentais, que frequentam o culto com seus familiares, o risco de serem novamente internados é sensivelmente mais reduzido.

O livro traz entrevistas sobre a relação entre cura e fé, sob diferentes perspectivas. Quais são as principais lições que podemos levar destas entrevistas?

Eu aprendi que, além dos exames preventivos da medicina acadêmica, é fundamental a prevenção e a manutenção da saúde através da medicina natural. Vale a pena ler as entrevistas sobre cura e dicas concretas para a prevenção, não somente a nível pessoal, mas em termos comunitários numa igreja do cuidado. O aspecto comunitário é muito importante para não incorrermos no erro de querer usar a fé como um remédio. Por isso trabalho no primeiro capítulo o inter-relacionamento entre fé cristã e cura. As entrevistas testemunham que Deus continua a curar e fazer milagres hoje através da medicina natural e acadêmica.
Na entrevista com uma psicóloga é ressaltado que a espiritualidade e a fé favorecem o perdão no sentido de facilitar a libertação de sentimentos negativos e desafetos, devolvendo a ambas as partes o direito de ser livre e feliz. O perdão pode curar a alma e também agir terapeuticamente sobre o corpo, quando conseguimos desamarrar o nó de mágoa e rancor através do perdão.
No final do livro temos entrevistas muito preciosas de pessoas que não foram curadas, respondendo à pergunta “E se eu não fui curado?”.

Se você tivesse que resumir sua obra em uma frase, qual seria?

Por graça e de graça Jesus cura algumas pessoas como sinal concreto do despontar do Reino de Deus, no qual não haverá doença nem morte, e ele nos convida a participar da missão curadora e salvífica de Deus.

O que significou para você trabalhar com a Editora Sinodal?

Foi muito bom trabalhar com uma equipe muito eficiente. Objetividade e, ao mesmo tempo, amabilidade. Valeu!


Gostou?

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Até a próxima!



segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Testemunho: Sr. Ronaldo Ribas fala da importância do "Castelo Forte" em sua vida

O Sr. Ronaldo Ribas, ex-prefeito da cidade de São Leopoldo, é um leitor assíduo do periódico Castelo Forte, publicado pela Editora Sinodal em parceria com a Editora Concórdia. Regularmente, ele faz uma visita à Editora Sinodal e não deixa o local sem levar ao menos um exemplar do devocionário. Em uma de suas visitas, o senhor Ronaldo trouxe seu testemunho:
Sr. Ronaldo Ribas e Valdir Silva, Supervisor de Vendas da Editora Sinodal


"Há 10 anos, mais ou menos, eu fazia a leitura do devocional "Mananciais do Deserto". Resolvi, num determinado dia, ir a Porto Alegre, na Livraria Luz e Vida. Chegando lá, perguntei a um dos vendedores dentre todos aqueles devocionais que lá havia, qual deles ele me indicaria para levar. 
Ele me indicou o Castelo Forte. Então, desde aquela data, em 2008, eu nunca mais deixei de adquirir exemplares do livro. Hoje, além de comprar para meu uso pessoal, compro outros tantos para dar de presente a pessoas que o Espírito Santo coloca em meu coração". 


                                                                                     Sr. Ronaldo Ribas



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Você pode encomendar exemplares entrando em contato com a Editora Sinodal: ligue para (51) 3037-2366, envie mensagem através do WhatsApp (51) 98122-5269 ou mande e-mail para pedidos@editorasinodal.com.br!




sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O real desafio para o E-book no Brasil

Autor: Gustavo Faraon (publicado pela Bookwire Brasil em 01º.08.2018)
Lembram quando o E-book vinha chegando por aqui? Tudo era dúvida. Ele trazia consigo um certo temor de transformação, que para alguns também era uma esperança de refundação completa de tudo. E lembram das narrativas criadas, dos prognósticos, das razões pelas quais se deveria apostar nele? Primeiro, era o apocalipse tecnológico: os livros digitais iriam obliterar os físicos em pouco tempo.
Depois, embora não tenha ocorrido uma aniquilação total, as apostas davam conta de que rápida e inevitavelmente ambos se equiparariam em termos de vendas, e não estar ligado no digital era abrir mão de metade de tudo. Quando se percebeu que não era bem assim, viu-se nos índices do mercado norte-americano uma perspectiva sedutora: mesmo que digital e físico não tivessem uma representatividade equiparada, era certo ao menos que uma fatia muito substancial do faturamento seria oriunda do E-book.
Por fim, quando ficou evidente que os índices daqui dificilmente chegariam nesse patamar (e ainda estamos longe dele), um ar de aceitação resignada sobreveio. Enfim, o futurismo é mesmo um lance complicado. Em se tratando de E-book, fui desde sempre um entusiasta de primeira hora, a encarar o livro digital como opção maravilhosa: mais barato, mais prático, potencialmente onipresente, sem estoque nem frete.
Mas à medida que a coisa não avançava conforme o esperado, ou conforme o desejado, nunca faltaram a todos nós teorias e hipóteses para explicar essa demora. Mercadológicas. Estratégicas. Tecnológicas. Eu, como todo mundo, sempre tive minha teoria de estimação. A diferença é que ela era uma teoria nem tanto a sério, era muito mais uma provocação que eu desejava ver desfeita o quanto antes. Hoje, olhando em volta, ela segue válida. O Brasil já tem mais smartphones ativos do que habitantes. Um sistema de distribuição de E-book que funciona muito bem. E então, o que pode estar faltando para o E-book cumprir por aqui o seu gigantesco potencial?
Minha teoria – pessimista e um tanto cínica, eu confesso – sempre foi calcada na mais cretina obviedade: um E-book não serve para presente, não pode ser embrulhado em papel colorido e fita brilhante, não pode ser carregado a tiracolo a um aniversário ou ao amigo secreto da firma. Um E-book não serve para encher estante, para deixar um ambiente mais aconchegante, mais descolado ou com ar cult. Um E-book não serve como peça decorativa de mesa de centro. Ele não serve para impressionar. Um E-book não serve para apoio, para peso e nem sequer para esconder um bilhete, dinheiro ou um segredo, como nos filmes de espionagem. Um E-book tampouco é fotogênico. Pior, um E-book é tão discreto que nem sequer é capaz de identificar publicamente o leitor como um leitor.
Um E-book, sempre pensei, “só serve” para ler.Tem. Que. Ler. E isso, mesmo a mais avançada tecnologia que tanto enriqueceu o E-book de possibilidades, ainda não se viu capaz de contornar. E aí que está: de acordo com dados de 2016, apenas 8% dos brasileiros são considerados alfabetizados proficientes, o nível mais avançado de alfabetismo em um índice chamado Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional): isto é, conseguem ler e compreender informações mais complexas, entre outras habilidades. Outros 23% estão posicionados dentro do grupo de alfabetismo intermediário.  Isso significa que quase sete em cada dez brasileiros, caso tentassem aprender a usar instrumentos de corte utilizando apenas instruções escritas em bom português, provavelmente acabariam gravemente feridos.
Gracejos hiperbólicos à parte, o cenário é triste. Temos na nossa mão um não-objeto maravilhoso, produto cultural e tecnológico que conseguiu incrementar o nosso querido livro em preço (menor), disponibilidade (maior), acessibilidade (muito maior) e tantos outros fatores. Mas não conseguimos ensinar as pessoas a ler.
Para mim, depois de vencidas tantas barreiras complexas no caminho do livro digital, resta cristalizado, bem na nossa cara, quase como um deboche, o mais básico desafio, o mais importante e urgente. Acho de verdade que o trabalho que se faz com o E-book no Brasil é bom, é mesmo muito bom. A questão é que ele enquanto produto requer, para ser consumido e desfrutado, uma habilidade que a nossa população, em sua maioria, não domina.
E não dá para ficar esperando que a tecnologia, sozinha, resolva o nosso problema, transformando o livro digital em uma outra coisa que prescinda de qualquer letramento. Nesse caso hipotético, pode até ser que juntos vendamos muitos e muitos E-books, mas seria um péssimo final de história em que viveríamos todos felizes e analfabetos para sempre.


Gustavo Faraon é jornalista, mestre em comunicação pela UFRGS. Em 2009 fundou, em Porto Alegre, a Editora Dublinense. Foi um dos vencedores do Prêmio jovens Talentos da Indústria do Livro 2016. Apesar de adorar e colecionar edições bonitas, lê quase sempre através do celular.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Conversa com Simone Bracht Burmeister, autora de "Envelhecer bem"

Olá! 

Seguindo a série especial de conversas com autores e autoras, trazemos a entrevista com a psicóloga Simone Bracht Burmesiter, que escreveu "Envelhecer bem: experiências, conflitos e transformações" .Conheça um pouco mais sobre o livro, publicado pela Editora Sinodal:

Psicóloga Simone Bracht Burmeister


Este é o segundo livro publicado pela Editora Sinodal. O primeiro tem por título Família e pessoa idosa: Reflexão e orientação. O tema “envelhecer” tem sido uma preocupação sua?

Não sei se posso chamar de preocupação. O envelhecimento humano tem sido meu objeto de estudos e também de trabalho nos últimos 12 anos. É um tema muito importante e presente na atualidade em função do número cada vez maior de idosos em relação aos jovens, e também a longevidade. Há 12 anos, quando comecei a me dedicar a este trabalho, já haviam muitos estudos sobre envelhecimento na medicina, na nutrição e na fisioterapia, mas quase nada na psicologia. Então, escrever dois livros sobre o tema e continuar este trabalho têm o objetivo de atender a necessidade tanto dos próprios idosos quanto daqueles com quem eles convivem, sobre questões emocionais e comportamentais, até então pouco exploradas. 
A velhice já não é a mesma de cinquenta anos atrás. 
É importante conhecer e compreender os desejos, os planos, as preocupações dos idosos de hoje. Também é importante entender que há muitos tipos de envelhecimento e que como sociedade temos que atender as necessidades de idosos ativos e também daqueles que se tornam mais dependentes. Não há um único modelo de atendimento ideal de idosos.

Como a velhice está sendo vista hoje em nossa sociedade, e como você pensa que ela será encarada num futuro próximo?

A percepção da sociedade diante dos idosos está mudando em paralelo às mudanças que os próprios idosos têm feito em sua forma de viver. Porém, acho que falta equilíbrio. Há anos, como já foi dito na questão anterior, os velhos eram diferentes. Mais dependentes, mais frágeis e doentes. Talvez eu possa até me arriscar a dizer que eram menos alegres e mais isolados. De uns tempos para cá, os próprios idosos mudaram seu comportamento, tornando-se mais ativos e participativos. Fazem esportes, viajam, namoram. Os avanços da medicina permitem que a maioria dos idosos conviva de forma harmoniosa com as doenças que vão surgindo. Então, a sociedade passou a ver os idosos assim, mais ativos e saudáveis. 
E esqueceu da parcela de idosos que, infelizmente, são acometidos por doenças limitantes. Também há muita pobreza e falta de recursos para os idosos mais dependentes. São questões que a sociedade vai precisar dar maior atenção daqui para frente. 
Prefeituras e estados têm feito ações mais focadas para os idosos saudáveis, enquanto vemos instituições, como o Asilo Padre Cacique (Porto Alegre/RS), com problemas financeiros sérios. Penso que encarar o futuro do envelhecimento será ter planos de ação para atender a todos os tipos de idosos com suas necessidades.

Em que aspectos a resiliência ajuda a envelhecer bem?

A resiliência, que é a palavra que define a nossa capacidade de adaptação, é importante ao longo de toda vida. Mas sem dúvida na velhice ela é o grande diferencial. Envelhecer não é exatamente a melhor idade, como querem afirmar alguns. Envelhecer provoca transformações físicas que podem gerar alguma limitação, desde a mais simples, como passar a usar óculos ou tirar o sal da comida, até coisas mais complexas, como depender de uma cadeira de rodas. Idosos resilientes têm maior capacidade de se adaptar às mudanças que a velhice impõe, e por isso vivem melhor. A resiliência ajuda a aceitar com mais facilidade e bom humor o fato de ter que usar uma bengala ou andador, por exemplo. Facilita também a aceitação de mudanças alimentares, como diminuir sal, açúcar e gorduras, sem que isso provoque mal humor ou torne o idoso isolado. Há idosos, por exemplo, que se não puderem comer os doces de uma festa, preferem não ir à festa. 

O idoso resiliente é aquele que vai à festa pela alegria de encontrar pessoas queridas, pela diversão e se adapta aos comes e bebes que pode consumir. Idosos resilientes aproveitam mais a vida, têm mais qualidade de vida, maior convívio social e até melhor saúde.

Como foi para você trabalhar com a Editora Sinodal na publicação desta obra?

Trabalhar com a Editora Sinodal é sempre muito bom. A equipe toda é ótima, o autor se sente acolhido e apoiado. É possível discutir diferenças de opiniões sobre a obra. Todos são muito abertos a escutar o desejo do autor em relação à obra, bem como dar sugestões e contribuições, fazendo com que o autor não se sinta tão sozinho na construção do seu projeto.

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