quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pai, Filho e Espírito Santo

   Porque assim como o Pai é chamado Criador; o Filho, Redentor; assim o Espírito Santo, em razão de sua obra, deve chamar-se Santo ou Santificador. Mas como se realiza esse santificar? Assim como o Filho obtém o domínio, pelo qual nos conquista através de seu nascimento, morte, ressurreição, da mesma forma o Espírito Santo efetua a santificação por intermédio da congregação dos santos ou igreja cristã, do perdão dos pecados, da ressurreição da carne e da vida eterna. Primeiro nos conduz à sua santa congregação e nos põe no seio da igreja, pela qual nos prega e leva a Cristo.
   Porque nem tu nem eu jamais poderíamos saber algo a respeito de Cristo ou crer nele e conseguir que seja nosso Senhor se o Espírito não no-lo oferecesse e presenteasse ao coração pela pregação do evangelho. A obra foi feita e está completada; pois Cristo nos obteve e conquistou o tesouro. Se, porém, a obra ficasse oculta, de forma que ninguém soubesse dela, seria vã e perdida. Ora, para que esse tesouro não ficasse sepulto, mas fosse aplicado e fruído, Deus enviou e fez proclamar a Palavra e nela nos deu o Espírito Santo, a fim de fazer-nos ver tal tesouro e redenção e torná-lo propriedade nossa. 



Texto extraído do livro Martin Lutero: Discípulo- testemunha- reformador
P.14

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Somos batizados

http://www.brujasweb.com
   A água é o elemento do qual se origina a vida. Mas a água não é um elemento em que um ser humano consiga viver. Ela é um símbolo tanto da vida quanto da morte. Quem cair na água
morrerá se ninguém o tirar dela. A água reproduz o que aguarda um ser humano que ingressa neste mundo: Ele passa a viver. A vida não será sem medo e sofrimento, e o ser humano pode sucumbir
nela. De maneira alguma poderá escapar de se tornar culpado, e talvez toda a sua vida se arruíne por causa dessa culpa. Ele tem, em todos os casos, a morte diante de si, mas essa será
definitiva se alguém, por assim dizer, não o tirar dela.
   Antigamente isso ficava mais claro, quando ainda se mergulhavam as crianças totalmente na água, até o fundo das velhas pedras batismais profundamente escavadas. Essas pedras batismais
representavam, como se fossem a metade inferior de uma esfera, a metade inferior do mundo, em que o sofrimento, a culpa e a morte tudo determinam. Mas, diz o Batismo, o ser humano é puxado
para fora de seu sofrimento, de sua culpa e de sua morte – para uma outra vida. 
   O Batismo diz algo sobre o começo de uma vida. Ele diz: Você vem de uma origem que tem sua causa na ação criadora de Deus. Por isso diz-se: Eu te batizo em nome do “Pai”, que criou o
mundo e que deu a você a vida. Você não é, portanto, apenas o/a filho/a de dois seres humanos. O Pai de tudo que vive reconhece você como seu filho ou sua filha. Você não pode cair fora dessa
origem, independentemente do resto que acontecer em sua vida. Ninguém pode tirar sua dignidade humana, que lhe foi entregue juntamente com essa origem. Portanto o Batismo também pode
ser compreendido como o sacramento de uma adoção, de uma pertença ao Deus paternal e maternal. Você perderá seus pais algum dia, mas sua pertença ao Deus que o/a criou permanecerá. 


Texto extraído do livro  Quem crê pode confiar, p.49
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não tenha medo, tenha fé

http://robsoncoaching.wordpress.com
    Para nossos medos, ou qualquer outra coisa que venha a se tornar uma carga que oprime e sufoca, devemos lembrar que temos quem venha acalmar as tempestades. E dele ouvimos o mesmo conselho, como o fez a Jairo, quando este pedia pela cura de sua filha: “Não tenha medo; tenha fé” (Marcos 5.36).
   Pesquisadores da Bíblia afirmam que o conselho “Não tenha medo” aparece 365 vezes nos textos sagrados – uma recomendação para cada dia do ano. O medo há de surgir de vez em quando em nossa vida, e é bom que tenhamos uma determinada dose de medo, isso serve como defesa. Mas ele não pode nos acovardar ou assumir o comando de nossa vida. Afinal, Jesus também promete: “Não vou deixá-los abandonados” (João 14.18). E mais, promete interceder junto ao Pai para que este nos dê “outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre” (João 14.16). É a esperança que só tem quem está mergulhado no mistério da fé – fé na presença do Mistério. Sentindo-nos amparados, o sofrimento pode até derrubar, mas não podemos cair mais fundo do que nas mãos do Pai.
   Ter fé é poder crer apesar do próprio medo, jogar a rede mesmo que já tenha tentado outras muitas vezes.
   Quem se ocupa por demais em sofrer, em cultivar suas dores e sofrimentos, torna-se chato como um disco de vinil riscado – não tocará nunca toda a música que seria capaz de tocar. Imagine que alguém esteja ouvindo a Nona Sinfonia de Beethoven] e, por causa de um disco ou CD riscados, reclame o tempo todo de como essa música é chata. Está ouvindo só fragmentos mal colocados de uma linda composição.
   Deus não põe cargas. Quando a vida ou nós mesmos nos colocamos cargas, é Deus quem as alivia e carrega conosco.


Texto extraído do Livro Quando a vida dói P. 78 à 81.
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O sentido da vida

http://noticias.universia.com.br
  Duvido que um médico possa responder a essa questão em termos genéricos. Isso porque o sentido da vida difere de pessoa para pessoa, de um dia para outro, de uma hora para outra. O que importa, por conseguinte, não é o sentido da vida de um modo geral, mas antes o sentido específico da vida de uma pessoa em dado momento.           Formular essa questão em termos gerais seria comparável a perguntar a um campeão de xadrez: “Diga-me, mestre, qual o melhor lance do mundo?” Simplesmente não existe algo como o melhor lance ou um bom lance à parte de uma situação específica num jogo e da personalidade peculiar do adversário. O mesmo é válido para a existência humana. Não se deveria procurar um sentido abstrato da vida. Cada qual tem sua própria vocação ou missão específica na vida; cada um precisa executar uma tarefa concreta, que está a exigir realização. Nisso a pessoa não pode ser substituída, nem pode sua vida ser repetida. Assim, a tarefa de cada um é tão singular como a sua oportunidade específica de levá-la a cabo.
   Uma vez que cada situação na vida constitui um desafio para a pessoa e lhe apresenta um problema para resolver  pode-se, a rigor, inverter a questão pelo sentido da vida. Em última análise, a pessoa não deveria perguntar qual o sentido da sua vida, mas antes deve reconhecer que é ela que está sendo indagada. Em suma, cada pessoa é questionada pela vida; e ela somente pode responder à vida respondendo por sua própria vida; à vida ela somente pode responder sendo responsável. 


Texto extraído do Livro Em busca de sentido. P. 133

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