quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Seminário sobre Lutero na Bahia

   As 95 teses pregadas por Martim Lutero na igreja de Wittenberg (Alemanha) em 31 de outubro de 1517 desencadearam a Reforma Protestante. Lutero publicou as teses principalmente como crítica à venda de indulgências por clérigos da Igreja Católica, seus excessos e suas limitações ao pensamento livre. Em 2017, a publicação das 95 teses completa exatamente 500 anos. A Igreja Luterana, hoje com cerca de 90 milhões de fiéis em todo o mundo, está organizando celebrações que têm como objetivo relembrar o papel de Lutero e a mudança que as suas teses provocaram na história mundial.
  Integra-se a essas comemorações a Comissão Interluterana de Literatura (CIL), formada pelas duas igrejas luteranas brasileiras: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). Os gerentes de vendas da Editora Sinodal (IECLB) e da Editora Concórdia (IELB) desenvolveram para a CIL um projeto que tem como meta a promoção e a ampliação das vendas das Obras Selecionadas de Martinho Lutero (OSL- http://www.editorasinodal.com.br/departamento/9117/16/martim-lutero) no mercado evangélico e a realização de uma série de seminários sobre Lutero pelo Brasil afora. Esse projeto se estende até 2017, somando-se às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana. A ideia central é abrir e preparar o mercado até a chegada das celebrações dos 500 anos. O calendário dos seminários prevê dois encontros por ano, um para cada semestre, divididos entre as editoras em comum acordo nos próximos anos.
Fachada da igreja
  O próximo Seminário sobre Lutero será realizado nos dias 25 e 26 de abril 2014 em Salvador, Bahia, nas dependências da Igreja Batista Sião, situada a Rua Forte de São Pedro, 68, Centro, Salvador, BA, com apoio do Seminário Teológico Batista do Nordeste. O palestrante será Wilhelm Wachholz, escritor, professor e Doutor em Teologia e História da Igreja pela Faculdades EST. Entrada franca




Clique nos anexos para visualizar o convite e programação!!
  

Assista o vídeo dos 500 anos da Reforma Luterana

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O bem do próximo na teologia de lutero

A bondade do objeto do amor


http://oqueeojantar.blogs.sapo.pt
O luteranismo, muitas vezes, é visto como socialmente desinteressado, mas esse estereótipo não é válido. O luteranismo é conhecido pela ideia de que a fé liberta o ser humano para servir o próximo em amor. Lutero define o amor ao próximo como um empenho pelo bem do outro. A pessoa é libertada do empenho pelo bem e ganho pessoal. Frequentemente, o reformador descreve o amor ao próximo como um amor que visa unicamente a satisfazer a necessidade do próximo. A necessidade do próximo é justamente o ponto em que Lutero começa a definir o bem. Ele não parte do esforço da pessoa para alcançar e garantir seu próprio bem, mas volta sua atenção para o próximo. Perguntas importantes surgem a partir do foco distintivo de Lutero sobre o próximo: Como se pode reconhecer o que o próximo necessita? Qual é a relação dessa determinação da necessidade com a liberdade negativa e positiva do próximo? 
  O melhor é começar com uma explicação de como Lutero compreende os conceitos de ''bom'' e ''bondade''. Toda bondade se baseia na bondade de Deus, que é bondade em si. Lutero, porém, não define a bondade como o atributo divino fundamental. Deus não somente é bondade, mas é amor. É bondade porque faz obras, mas essa bondade flui encantadoramente do amor de Deus. Os escritos do reformador sugerem que o amor de Deus não pode ser confundido com sua bondade, embora os dois atributos formem uma unidade estreita. O fato de Lutero privilegiar o amor sobre a bondade talvez seja uma pista teológica para sua compreensão do amor como o principio fundamental da realidade!

Texto extraído do livro LUTERO - um teólogo para tempos modernos, P. 239.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Divisão na essência de Deus

http://www.luteranos.com.br
 A exposição da forte ambivalência presente em Lutero não ajuda a fazer avaliações fáceis de sua vida e teologia. A religiosidade moderna privilegia um meigo Jesus amigável sobre um severo Deus punitivo. Até os luteranos que ajam de uma maneira que corresponda à vontade de Deus – ao segundo uso da lei, que acusa os seres humanos se seus pecados. Porém, se pensamos sobre as várias dimensões de um mundo que está longe de ser perfeito, um mundo que diariamente é mergulhado na violência e degradação, então temos de admitir que os lados escuros da realidade precisam ter um lugar em nossa imaginação religiosa.
   O diabo talvez não seja o candidato favorito das teólogas e teólogos modernos para configurar uma imagem religiosa mais robusta do mundo em relação a Deus, mas algumas tradições cristãs contemporâneas de fato levam o diabo em consideração em suas ontologias. Com o diabo ou sem ele, a teologia moderna tem de levar a sério a questão do estabelecimento de uma relação da profunda aflição e dos poderes demoníacos do mundo com Deus. Não é fácil encontrar uma terminologia responsável e articular conceitos adequados para experiências dos aspectos ameaçadores e esperançosos da realidade. As várias maneiras que Lutero propôs para integrar os dois lados talvez não resistam ao teste do tempo presente, mas sua articulação do problema é, pelo menos, um bom ponto de partida. Deus deve ser concebido em relação à realidade que ele determina através de seu poder. Lutero não teve medo de se confrontar com essa relação, chegando inclusive ao ponto de fazer algumas afirmações perigosas sobre Deus e os inimigos de Deus. Nossa tarefa teológica contemporânea é levar, corajosa e criticamente, as importantes questões de Lutero um passo adiante.  

Texto extraído do Livro Lutero um teólogo para tempos modernos, P. 112
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