quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Eis-me aqui Senhor!

Disponibilidade e missão
 
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 A disponibilidade afeta diretamente a missão. A igreja é composta por pessoas diferentes e talentosas (umas mais do que as outras). Sua capilaridade tem um potencial imenso de penetração na sociedade. Se cada cristão em sua época e lugar estiver disponível para Deus, a missão de Deus (missio Dei) que restaura e transforma será uma realidade. Para isso se requer a disponibilidade dinâmica, altamente missionária.
   É certo que um cristão que se dedica ao trabalho, à família, à congregação, aos amigos gozará de bom testemunho da comunidade. Mas isso não é suficiente. Fazer o bem é uma ''obrigação'' do cristão. Não deve esperar ser recompensado ou reconhecido por isso. Alguns dão ''testemunho'' de que abandonaram uma vida de imoralidades e perversidades. Mas isso ainda não atende as exigências do evangelho jesuânico. Seguir Jesus implica renunciar também a algumas coisas boas, lícitas e até agradáveis.
   A disponibilidade dinâmica (humana mais a divina) faz com que o cristão se submeta a Deus, fazendo aquilo que normalmente não faria. Às vezes, implica andar a segunda milha ou doar a capa. É mais do que fazer o que se pede. ''Eis-me aqui, Senhor'' assume fazer o que nos manda, mesmo quando não queremos. É estar atento à necessidade do outro com vistas e supri-la. E isso pode ser feito via programas da igreja local, engajamento no chamado terceiro setor ou iniciativas pessoais. O Espírito santo descortina novos caminhos. Vamos necessitar de sensibilidade e discernimento.
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   A atitude de estar disponível é em si missionária. O sujeito está atento, preocupado, sensibilizado com o outro, disposto a acolher e compartilhar. Acredito que, se as casas de formação teológica e ministerial se preocupassem mais em devolver essas qualidades, estariam contribuindo melhor para a missão de Deus. A preocupação excessiva com os livros e com o pensamento racionalista fragmenta o saber e reduz a capacidade de tocar as pessoas, as culturas e a sociedade.
    Jesus nunca escreveu um livro. Seus ditos foram registrados textualmente quase quarenta anos após sua morte. No entanto, sua disponibilidade assim como o seu estilo de vida foram mais eloquentes e instrutivos do que as maiores biblioteca do mundo. Jesus entregou-se, dispôs-se. Fez a opção de amar e servir a humanidade e, por conta desse amor, aceitou o caminho da cruz. Sua morte não foi escolha própria ou mesmo a ''vontade'' de Deus, mas resultado da maldade dos seres humanos. Mas, ainda assim, mostrou-se disponível. Não só quando quando convinha, mas mesmo quando desejava não beber aquele cálice.

   A disponibilidade do cristão é uma forma de missão. É esta uma chave missionária para o mundo contemporâneo: colocar-se ativamente ao dispor do Senhor da seara no serviço ao próximo. O chamado já ocorreu; agora falta nossa resposta positiva e decidida pela vontade de Deus. O menino Samuel inspira maus uma lição. Ele ensina a colocar-se em prontidão, ''ouvindo'' (3.10). Em linguagem cristã, ele se percebe enviado por Deus em missão. Que nossa disponibilidade nos impulse justamente a isto: participar da missão de Deus. Para isso fomos chamados; para isso fomos salvos.  

Texto extraído do Livro Eis-me aqui Senhor! , P. 61 e 62
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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Eis-me aqui, Senhor!

   Mais importante do que ouvir a voz de Deus é responder positivamente a seu chamado. Se conhecer a Deus implica obediência, suspeitamos de que muitos cristãos ainda não o conhecem.
   Deus nunca deixou de se comunicar com a humanidade. Ele sempre falou. Os homens, por sua vez, sempre buscaram caminhos para encontrá-lo.
   O primeiro desafio, então, é distinguir sua voz. Reconhecê-la. O segundo é atendê-la. Tão importante quando ouvir Deus é obedecer-lhe. Em alguns casos, é o esperado. Não há sentido em falar com uma pessoa que não está disposta a obedecer. Em outros, evidencia nosso reduzido espaço destinado a Deus, limitando seu agir em nós.
   Estando em uma situação de desobediência, o mais indicado não é perguntar pela vontade de Deus. Antes é preciso retomar e refletir sobre a última vez em que estivermos nossa vontade. Perceba que a atual situação não é coerente com o chamamento recebido. Retorne à condição de discípulo e ponha sentido no que já recebeu de Deus, para que ele manisfeste novos elementos de sua vontade. Em um estado de desobediência, não haverá voz de Deus.
   Outros até ouvem a voz de Deus, mas não se comprometem. É comum orarem ou cantarem “eis-me aqui”. Mas, no dia a dia clamam para que Deus envie substitutos a seu trabalho. “Eis-me aqui!”, mas “envie o outro”. Supostamente, o pastor está melhor preparado ou os líderes teriam essa incumbência. Sempre o outro. Parece que nunca chega a vez dessas pessoas. Isso não é responder positivamente a Deus; ao contrário, é terceirizar o chamado recebido. É isso o que o Deus espera? Não. Ele conta com cada um na vocação em que foi chamado.


Texto extraído do livro Eis-me aqui Senhor! P. 23 
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