quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Somos anjos uns aos outros

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   Nas últimas décadas, muitas pessoas não ousavam pensar que realmente pudessem existir anjos. Imaginar anjos e confiar em sua existência não combinava com o espírito esclarecido dos tempos modernos. E se, por acaso, alguém falasse de anjos, queria com isso dizer, na maioria das vezes, que as pessoas poderiam tornar-se anjos uns aos outros.
    Por muitos anos, essa afirmação me acompanhou que expressava de forma bastante original o que eu sentia e pensava: “Somos anjos de uma asa só. Precisamos nos abraçar se quisermos voar”.
    Anjos de uma asa só – uma bela imagem para nossa situação. Uma imagem que nos adverte do risco de afundar na solidão: Procura um parceiro. O abraço lhes dará forças redobradas. O que um não alcança sozinho, dois trabalhando em conjunto conseguem. Até mesmo aquilo que parece humanamente impossível: desprender-se do solo, alçar voo, flutuar sem o peso da gravidade. Quando dois se abraçam, também isso é possível.
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   Ainda considero muito expressiva a imagem do anjo de uma asa só. Porém, ao mesmo tempo, fico feliz que, além desses anjos, também existem os outros, os verdadeiros anjos. Eles são algo bem diferente do que duas pessoas se abraçando e juntas se erguendo. Existem momentos em que pessoas podem tornar-se algo como anjos para outras, mas, em última análise, continuam sendo simplesmente pessoas ou “um ensaio de tração sobre duas pernas”, como o teólogo judeu Pinchas Lapide caracterizou o ser humano. Segundo a Bíblia, o ser humano foi feito “um pouco menor do que os anjos” (Sl 8.5), mas foi feito de pó e ao pó voltará.
    Assim, o ser humano está com os pés na terra, para a qual voltará, mas seu espírito sabe, ao mesmo tempo, de sua origem divina: feito à imagem de Deus, mas pó da terra; preso à terra, mas aspirando ao céu.
    Anjos de verdade não estão presos à terra. Suas asas, que lhes são atribuídas desde tempos longínquos, expressam exatamente isso. Anjos têm passos leves, movem-se pé ante pé. Não passam por cima das coisas, mas flutuam. Não são pesados, mas rápidos. As asas são a imagem que expressa tudo isso.




Texto extraído do Livro Confiar em Anjos, P 14 e 15

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