quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Família e Internet

Pluralidade familiar e internet

http://www.rapidanet.com/internet-rs
  Para que possamos entender as repercussões da entrada da internet na vida cotidiana das famílias, precisamos perguntar: Quem é da família, afinal? Quais os membros desse grupo significativo (e múltiplo) de pessoas que se podem considerar “da família”? As evidências indicam que a família se pluralizou, não só na sua configuração e estrutura, mas também na forma de concebê-la e conceituá-la. Estudiosos do tema, no início da década, já indicavam a necessidade de conceituar famíliaS no plural, considerando não ser possível que um único conceito dê conta da atual complexidade na definição do que é família.
  Longe dos prognósticos que surgiram com força nos anos 1980, vislumbrando que a família era uma espécie em extinção, hoje temos múltiplas famílias, sem que tenham perdido seu sentido e função, mas que demandam diferentes olhares e formas de compreendê-las. Nesse sentido, se pensarmos na família como um sistema, podemos constatar que suas características básicas permanecem inalteradas, mesmo frente às demandas cada vez mais complexas que tem enfrentado. Isto é, a família segue tendo que dar conta da educação, do cuidado e da proteção de seus filhos, por exemplo. Ainda que essas tarefas tenham se sofisticado devido à multiplicidade de estímulos e de ofertas trazida pelo próprio desenvolvimento e acesso à tecnologia, sua essência se mantém inalterada no que diz respeito à responsabilidade dos pais para com sua prole.
http://www.einstein.br
  Então podemos dizer que a mesma necessidade de orientar, limitar, filtrar e acompanhar a vida social de um filho, antiga função exercida por nossos antepassados com sua prole, segue sendo atual, ainda que esse filho hoje esteja dentro de casa na frente do computador. Essa foi uma das sofisticações trazidas às famílias em tempos de internet. Hoje, pais, mães e responsáveis por crianças e adolescentes já não podem estar certos da proteção de seus filhos pelo fato de estarem em casa “mexendo no computador”. A internet abre uma porta ao mundo virtual que se caracteriza por uma infinidade de possibilidades, nem todas elas promissoras e educativas. Nesse caso, a aparente proteção de ter o filho “em casa” deve ser vista com cuidado e atenção.
  É inegável o acesso que os jovens têm hoje à internet. Pesquisa realizada com jovens gaúchos, por exemplo, revelou que 89,6% deles possuem computador com acesso à internet em casa e 100% acessam a rede mundial de computadores – internet. Frente a tais evidências, é importante que se discutam esses novos desafios considerando as características do sistema familiar e de que forma essas características precisam ser flexibilizadas para incorporar padrões de comportamentos que são demandados pelas novas tecnologias. Entre continuidades e transformações, as famílias precisam incorporar os aspectos da vida contemporânea sem abrir mão dos seus valores e dos aspectos que fortalecem sua identidade.



Texto extraído do Livro Família e Internet P. 15,16 e 17
Mais informações de como adquirir o Livro em..

Nenhum comentário:

Postar um comentário