quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O vale da sombra da morte: destino de todo ser humano

   Há poucas certezas na vida de cada ser humano. Uma delas, porém, é a de que a morte é o destino final de cada um de nós. Por todos os lados o indivíduo é instado a tomar consciência da sua finitude, percebida não só pela certeza da própria morte, mas atestada pela morte das pessoas que fazem parte de seu círculo de convivência.
http://radicalteens.wordpress.com/2011/08/31/chorando/
    O que talvez alguns não percebam é que, quanto mais se interdita o tema da morte no discurso do cotidiano, por temer o desconforto que o tema pode causar, tanto mais força e poder a morte acabará tendo sobre quem a reprime. A tentativa onipotente de negar a morte se configura numa forma equivocada de esconder a impotência, vulnerabilidade e fragilidade humanas.
http://thaisbelomamede.blogspot.com.br/2011/12/cruz.html

   No meio religioso a morte também é, por vezes, tabuizada. Cristãos são levados a crer que temer a morte, se angustiar ou chorar a perda de familiares seria um ato de falta de confiança plena em Deus ou a não aceitação do amor divino, visto que a Bíblia afirma que “o amor divino expulsa o medo” (1 João 4.18).

   Portanto, não há como embelezarmos a morte ou tirarmos dela o seu “aguilhão”. Mesmo a fé em Deus não elimina por completo a tristeza, angústia, medo e dor que sentimos diante da morte, seja da nossa própria ou de quem amamos. O próprio Jesus Cristo, em sua humanidade plena, além de chorar pela morte de seu amigo Lázaro, deu mostras de tais sentimentos ao afirmar, próximo de seu sofrer e morrer no Calvário: “Pai, se possível, afasta de mim esse cálice” (Mateus 26.39). 

   Tal como diz Lifton: “Não existe amor sem perda. E não existe superação da perda sem alguma experiência de luto. Não ser capaz de vivenciá-la é ser incapaz de entrar no grande ciclo de vida humano [...]”



Texto extraído do Livro Sombras da Alma 
Tramas e Tempos da Depressão, p. 224 e 225

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