quarta-feira, 13 de junho de 2012

Perguntas e respostas sobre luteranismo

Nossa igreja nossa identidade
Manual de estudos


79) Que critérios podem ser usados para discernir entre milagres e “falcatruas” realizadas em nome de Jesus? P.56
As curas realizadas por Jesus sempre tiveram por finalidade integrar as pessoas na sociedade, libertando-as de seus males. No Evangelho de João 3.8, Jesus diz a Nicodemos que o Espírito Santo de Deus age da forma e como Deus quer, por isso o critério para pedir algo a Deus é que seja sempre feita a vontade dele. Ninguém pode ordenar curas e milagres com dias e horas marcados, como é propagado por alguns grupos “religiosos”. Tampouco alguém pode se arrogar o direito de ser dono do dom de cura.
Quem se vangloria de sua capacidade de curar os outros geralmente faz isso em benefício financeiro próprio. Nesse caso configura-se falcatrua e enganação. Não podemos fazer das bênçãos de Deus um comércio. Todos nós temos a possibilidade de pedir e receber cura. No entanto, precisamos tomar cuidado com o que pedimos. O nosso pedido é da vontade de Deus?
O apóstolo Paulo relata em 2 Coríntios 12.7-10 que por três vezes pediu a cura para si, mas Deus não atendeu o seu pedido. Revelou-lhe que mesmo na doença o ser humano não fica desamparado do amor de Deus. (“A minha graça te basta.”) Não se pode dizer que, quando Deus não cura uma doença, é falta de fé da pessoa. No entanto, em sua liberdade, Deus pode usar os mais diversos meios para promover curas. Constantemente usa pessoas para ajudar na cura de outras pessoas. Deus usa os dons dos médicos e enfermeiros. Coloca à nossa disposição os remédios químicos e também os chás, raízes, frutas, terra virgem, água... Um abraço ou uma palavra amiga na hora certa têm forte poder curativo (terapêutico).

80) O que é premonição? Isso existe? P. 57
Os dicionários definem premonição como “sensação de advertência antecipada ou pressentimento do que vai acontecer”. O termo premonição é utilizado para designar a suposta ocorrência de “avisos” sobre acontecimentos futuros, frequentemente associados a desastres, catástrofes, calamidades e morte. As pessoas que afirmam ter premonições normalmente expressam um forte sentimento ou convicção de que “receberam” um aviso de que algo iria acontecer. Há relatos de pessoas que afirmam terem tido visões, sentido cheiros, experimentado sabores, ouvido sons, barulhos e, até, tido ânsias de vômito. Tais experiências vieram à mente inesperadamente, de forma espontânea. Muitas dessas experiências teriam ocorrido quando as pessoas estavam “pegando no sono”.
As premonições não são necessariamente o resultado de algo sobrenatural. A capacidade da mente humana em sua totalidade ainda é desconhecida. Sabe-se que ela é capaz de façanhas extraordinárias de raciocínio, podendo projetar, inclusive, coisas que têm probabilidade de acontecer. Além do mais, o funcionamento de nosso mundo acontece através de forças que estão em constante movimento e comunicação. Essa comunicação é experimentada também entre os seres humanos e se torna mais intensa ali onde existem laços afetivos. O cérebro humano capta essas forças, procura compreendê-las e, em alguns casos, projeta para o consciente imagens e sensações a ponto de antever o que pode acontecer. Durante o período do sono, a mente humana processa o que aconteceu durante o dia a fim de poder descansar e preparar o corpo para o trabalho do dia seguinte. Na sabedoria popular é comum dizer que: “se dormimos pensando em um problema, frequentemente acordamos com a solução”. É natural, por exemplo, uma mãe se preocupar com seus filhos, especialmente quando esses estão longe de casa. Tal preocupação libera energias que, uma vez decodificadas pelo cérebro, podem resultar num pressentimento daquilo que está acontecendo ou que pode vir a acontecer com os filhos.
Deus nos criou com a inteligência e a capacidade de perceber as coisas numa intensidade maior do que imaginamos. E usa, inclusive, a nossa mente para se comunicar conosco. O problema é que pessoas de má-fé podem usar as premonições concebendo previsões com a finalidade de enganar as pessoas, se autopromover e de ganhar dinheiro.
Em resumo, podemos dizer que a premonição pode ser resultante de projeção da mente humana, pode ser algo advindo do próprio Deus ou consequência da tentação de querer adivinhar o futuro em benefício próprio.
Uma leitura mais aprofundada da Bíblia nos permitirá perceber que a nossa vida está nas mãos do Senhor, já somos mais do que vencedores, independente das adversidades que possam se levantar em um futuro próximo (Romanos 8.37). Em Cristo, Deus já revelou seu plano para o futuro e as coisas antigas já foram superadas: “Antigamente, por meio dos profetas, Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos antepassados, mas nestes últimos tempos ele nos falou por meio de seu Filho. Foi ele quem Deus escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dele que Deus criou o universo” (Hebreus 1.1-2). O que importa, em suma, é estarmos hoje com Deus. Do nosso futuro o Senhor há de cuidar! “Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades” (Mateus 6.34). 

81) Sonhos são “avisos”? P.58
Segundo a psicologia, o sonho é uma experiência da imaginação ou uma espécie de “fotografia” do inconsciente durante nosso período de sono. O sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional. Recentemente, descobriu-se que até os bebês sonham no útero materno. Os sonhos têm uma linguagem própria, simbólica. Muitas vezes, eles são expressões de nossos desejos. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho é tido como meio de comunicação e de advertência antecipada (pressentimento) do que vai acontecer ao ser humano. Neste caso, o sonho seria uma forma de comunicação de Deus conosco. A Bíblia relata várias experiências nas quais Deus se comunicou com pessoas através de sonhos (Gênesis 5.12-16; Gênesis 31.10-13; Mateus 1.18-25). Há 16 capítulos no Antigo Testamento e quatro ou cinco no Novo falando de sonhos. Muitas passagens bíblicas falam de “visões”. Enquanto os sonhos só podem ser vivenciados durante o sono, as visões acontecem enquanto as pessoas estão plenamente acordadas. Frequentemente os profetas do Antigo Testamento ouviam a voz de Deus falar-lhes enquanto estavam acordados, sem que fosse uma visão. Neste caso nos encontramos perante uma revelação. Uma revelação pode ser recebida tanto em sonho como em visão. Nada há de “esquisito” nisso, pois o profeta Joel escreveu: “Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões” (Joel 2.28). 
Segundo o apóstolo Pedro, essa profecia cumpriu-se no Pentecostes, menos de dois meses após a Páscoa. O próprio Jesus declarou: “Se creres, verás a glória de Deus” (João 11.40). Cientes do fato de que existem sonhos falsos, devemos exercer o devido discernimento para não ser enganados por tais falsificações (Mateus 7.21-23; 24.24). Todo ser humano sonha enquanto dorme, e entre os sonhos que tem, pode haver alguns que são mensagens de Deus. Outros são mensagens do nosso corpo ou da própria mente. Por isso não devemos ter medo dos nossos sonhos, mas pedir a Deus sabedoria para entendê-los

82) Qual a diferença entre namorar e “ficar”? P.59
Namorar significa assumir compromisso, ser fiel e querer bem. Implica saber compreender o que passa na mente e no coração dos enamorados. Um namoro consciente, maduro, cristão, procura ver a felicidade da pessoa amada. Sendo assim, não existe mais o “eu”, e sim o “nós”. O alicerce de um bom namoro tem que ser construído na base de diálogo, carinho, compreensão, doação e partilha. Os namorados não se devem fechar num mundo a dois. É necessário que estejam abertos às coisas que estão ao seu redor, buscando sempre aquilo que santifica e que os deixa mais próximos de Deus. Onde não há Deus, não há amor. E se não há amor, o namoro não sobrevive.
O namoro é um período que deve ser destinado ao conhecimento do/a companheiro/a. É algo sério, que deve ser vivido com responsabilidade por ambos. É tempo de amadurecer, de aprender a amar, de confiar. O namoro tem a expectativa de durar para sempre, de virar casamento, ser eterno... Sendo assim, um namoro cristão sempre busca orientação na palavra de Deus.
Ficar, segundo o que os jovens definem, é “passar tempo” com alguém, sem qualquer compromisso. Pode ou não incluir intimidades, tais como: beijos, abraços e mesmo relações sexuais. A duração do ficar varia: pode ser o tempo de um beijo, a noite toda, algumas semanas. Não se estabelece o compromisso de procurar o outro posteriormente. Muitos jovens sofrem influência da mídia, que divulga a sensualidade e a liberação dos impulsos, sem censura, como forma de atuação prazerosa e mais autêntica, mais satisfatória. Tal comportamento pode levar à promiscuidade sexual, com suas tristes consequências. Infelizmente muitos jovens são pressionados a abandonar hábitos conservadores e a adotar práticas ditadas pela cultura social. 
O ficar pode trazer muitas desvantagens, especialmente para a mulher. Entre as desvantagens, podemos mencionar o fato de que ela vai ficar malvista, malfalada, podendo resultar numa gravidez indesejada...
É importante que os jovens se lembrem de que não são objetos descartáveis: usados agora, jogados fora depois. A vida é um presente de Deus, por isso não deve ser colocada num “joguinho de ficar”.

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Extraído do  livro Nossa igreja nossa identidade
(manual de estudo)

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