quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que entendemos por superstição?

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Após muita reflexão, formulei 12 itens sobre o termo superstição é visto e entendido na maioria dos que se ocupam com o assunto. Esses 12 itens foram formulados livremente por mim e a partir da literatura consultada. Coloco as frases entre aspas para indicar que o conteúdo é fruto de pesquisa e reflexão.

1 - "A palavra superstição vem do latim superstitio e significa: medo inquietante diante daquilo que ultrapassa o usual da fé oficial e reconhecida."
2 – “Sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas, à confiança em coisas ineficazes e ao apego exagerado e infundado a qualquer coisa.”
3 – “Superstição é fé em acontecimentos sobrenaturais que contradizem as convicções e compreensões religiosas e científicas contemporâneas.”
4 – “Os elementos da superstição remetem a experiências que acompanham o homem desde os primórdios de sua história e mostram como ele se comporta diante daquilo que ultrapassa a sua capacidade de compreensão.”
5 – “Superstição não é algo estático e definível, mas é algo que desperta elementos de uma fé primitiva. Também parece trazer à tona, na memória de certas pessoas, antigos conceitos de mundo.”
6 – “Uma comparação do imaginário e das práticas da superstição em diversos povos e em diferentes épocas mostra que os conceitos básicos são, de modo geral, os mesmos; diferenciam-se apenas de acordo com o desenvolvimento cultural alcançado e pelas peculiaridades locais. Essa uniformidade de elementos básicos não provém de casualidades, mas faz parte da essência psíquica do homem.”
7 – “A superstição, portanto, não é uma manifestação que surgiu uma vez em algum lugar e de lá se expandiu entre os povos. Ao contrário, ela aparece espontaneamente em qualquer tempo e em qualquer lugar, de maneira criativa, das profundezas da essência humana e por isso deve ser vista como um fenômeno humano.”
8 – “Os principais elementos da superstição giram em torno de ritos ou atos de magia e prescrições através dos quais se quer banir desgraças ou então assegurar proteção e salvação.”
9 – “A afirmação de que os poderes da superstição seriam irreais alucinações, enquanto a fé estaria alicerçada em vivas e reais forças religiosas, não vale, porque a pessoa que se envolve com os poderes da superstição experimenta-os como reais.”
10 – “O conhecido psicólogo suíço Carl Gustav Jung vê na superstição um arquétipo de experiência religiosa. Lembra e acentua que, na língua alemã, os termos fé e superstição
(Glaube e Aberglaube) têm a mesma raiz. Mas, em sua opinião, a superstição sempre está relacionada a medo e gera neuroses; por isso ela precisa ser superada.”
11 – “Sobre tudo o que está relacionado com o mundo da superstição, magia e ocultismo pairam mistérios, crenças e forças que exercem uma forte atração sobre certas pessoas. Por isso é importante saber o que acontece nesse mundo que atrai tantas pessoas e é repelido por outras tantas.”
12 – “Há uma infinidade de literatura sobre o assunto. No meu entender, a maioria desse material é sensacionalista. Alguns autores veem no mundo da superstição apenas manifestações folclóricas e uma inocente religiosidade popular. Outros pintam-no como um pecado capital, do qual os envolvidos
dificilmente conseguirão libertar-se.”
(Nelso Weingärthner)

Texto extraído do Livro Mundo da Superstição - orientação para a vida de fé, P.14 e 15
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