quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O mundo ainda está nas mãos de Deus

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  Os meios de comunicação de massa modernos estão dando bastante atenção aos problemas ambientais. São noticiadas especialmente catástrofes meteorológicas em diversas partes do mundo: o aquecimento global, por exemplo, está provocando o degelo nos pólos e ciclones cada vez mais devastadores em Bangladesh. Diversos filmes catastróficos podem ser encontrados nas locadoras ou na internet: ondas gigantes que devastam uma nação, uma nova era glacial que cobre a terra, o mar que regurgita sobre os humanos todo o lixo que foi jogado nele durante séculos. Esses filmes provocam a consciência das pessoas – o que é muito bom. Mas podem também deixar a impressão de que esses fenômenos apocalípticos são apenas ficção, destinada ao entretenimento.
   Certamente não estamos vivendo nenhuma ficção. Mas estamos de certa forma, vivendo um tempo apocalíptico: os “sinais dos tempos” estão cada vez mais visíveis. Para algumas espécies de animais e vegetais, o “fim” já chegou. Muitas outras espécies estão em fase de extinção. Muitas plantas são exterminadas mesmo antes de conhecermos suas propriedades fitoterápicas. Podemos estar destruindo a cura de muitas doenças que afligem ou ainda afligirão a humanidade por causa de nossa ânsia de consumir.
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 Os sinais dos tempos representam, para a comunidade cristã, época de decisão, mas não de desespero. Importante é não perder a esperança. Sempre que o povo de Deus se considerava impotente diante dos enormes problemas que o afligiam, voltava às bases de sua fé e descobria nela a esperança de que Deus não quer a morte, mas a vida. Quando o presente mundo ameaça desabar, aflora a esperança de que Deus criará “novos céus e nova terra” (Isaías 65.17) e “fará novas todas as coisas” (Apocalipse 21.5). Deus não deixará o mundo à sua própria sorte. Ele não deixou de ser criador e mantenedor desta sua criação. A salvação prometida para a humanidade – apesar de sua culpa e fragilidade – também engloba toda a criação. O apóstolo Paulo resume essa esperança: a criação que “geme e suporta a angústia” também experimentará a salvação destinada aos que crêem (Romanos 8.18-25). Nossa salvação está intimamente ligada à salvação da criação.
   Os sinais do fim dos tempos não amedrontam nem paralisam aqueles que crêem. Pelo contrário, são estímulos para não adiar decisões urgentes e adotar posturas e atitudes compatíveis com sua fé. Conhecemos a parábola do beija-flor que tenta apagar o incêndio de uma grande floresta: ele voa até um rio, onde pega, com seu pequeno bico, um pouco de água para jogar no fogo. O elefante, consciente do esforço inútil do beija-flor, tenta dissuadi-lo, argumentando que nunca conseguirá apagar o incêndio com aquela gota de água que conseguia carregar. Ao que responde o beija-flor: “Sei que pouco vale a gota que trago, mas faço a minha parte”. Se todos os pássaros, animais e seres humanos fizerem sua parte, o incêndio pode ser debelado.

Texto extraído do Livro Espiritualidade e Compromisso, p. 54 e 55.
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