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Homens e mulheres percebem e vivenciam a
aposentadoria de forma diferente. Conhecer essas diferenças facilita a
adaptação a essa nova etapa da vida, uma vez que, ao se aposentar, o casal, em
geral, já está sozinho. Mesmo que os filhos ainda morem em casa, eles têm suas
próprias vidas: faculdade, trabalho, grupo de amigos e namoro. Assim, o casal
volta a ser só ele.
Em geral, as mulheres têm maior capacidade
de adaptação a novas situações do que os homens. Isso porque ao longo da vida
cumprem mais papéis no dia a dia, o que lhes dá maior flexibilidade. Além de
profissionais, as mulheres seguem sendo mães e donas de casa. Muitas também têm
hobbies, passatempos e atividades manuais que gostam de realizar. Já os homens
são mais focados na carreira profissional e no trabalho. Essa realidade
vem mudando, mas os impactos dessa mudança ainda não estão sendo sentidos entre
aqueles que se aposentam hoje. Essas mudanças começarão a aparecer daqui a 15
ou 20 anos, quando os profissionais, hoje na faixa dos 40 a 50 anos, se
aposentarem.
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O fato é que os homens que se aposentam hoje
vieram de uma sociedade em mudança, já não tão machista, mas ainda pouco
envolvida com a casa e os filhos. Homens ainda eram exigidos pela família e
pela sociedade como o pilar de sustentação financeira. A mulher tinha um
salário menor que não impactava tanto na renda familiar. Por isso era a mulher
que saía do trabalho mais cedo para levar um filho ao médico. Se ela fosse
demitida por ter muitas faltas, não era tão grave. Já o homem não se permitia
tanto a possibilidade de ser demitido ou de deixar de ser o pilar financeiro.
Essa cultura fez com o que o homem se focasse no trabalho, perdendo
oportunidades de experimentar e vivenciar atividades variadas. Não é raro
encontrarmos avôs que não sabem segurar um bebê, pois poucas vezes seguraram
seus próprios filhos.
Como há tantas diferenças entre homens e mulheres
na vivência da aposentadoria, esse é um momento delicado para o casal, que
volta a conviver mais intensamente. Muitas vezes, esse é o momento em que enfrentarão
uma crise, vão brigar por espaço em casa, por horários, por individualidade ou
cobrarão um do outro mais proximidade. Mas,
as crises servem para nos estruturar e nos reacomodar em novas situações. As
brigas podem ser transformadas em conversas e negociação. Se o casal se ama,
conseguirá se reorganizar, rever o contrato de convivência, as combinações do
que fará junto e dos momentos em que cada qual fará coisas individualmente.
Texto extraído do Livro Família e pessoa idosa, reflexão e orientação, p. 21
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