quarta-feira, 15 de maio de 2013

Discipulado

            AMOR
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   Amor é uma palavra-chave que perpassa a teologia de Bonhoeffer. O nascedouro deste amor está no próprio Deus, que é manifestado desde a criação e através da história, mormente na história do povo de Israel. No entanto, a manifestação do amor de Deus culmina de forma única e irrefutável em Jesus Cristo. Na encarnação em Jesus de Nazaré, Deus se faz gente para manifestar este amor em toda a sua dimensão e radicalidade. É interessante que Bonhoeffer, por vezes, usa uma linguagem quase mística na descrição deste amor de Deus manifesto.
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O amor a Deus e o que dele decorre são apenas respostas ao amor de Deus, não resultados de um esforço humano e muito menos uma obra meritória. Fé e amor são duas faces da mesma moeda, são inseparáveis. Assim, em última análise, também o amor-resposta tem seu nascedouro em Deus. Ao ser humano cabe ir descobrindo, dentro da realidade em que vive, as formas concretas de este amor se manifestar e trazer frutos. Pode acontecer que a realização deste amor custe a própria liberdade e a vida.
Ao mesmo tempo, Bonhoeffer tem uma enorme percepção do amor afetivo e o valoriza muito. Também este é um dom de Deus, um dom dado pelo criador à sua criatura. Cartas escritas à sua noiva e a amigos e parentes revelam o carinho e o desejo que este amor encerra. Ele sonhava, por exemplo, ter nos braços a sua amada e com ela constituir uma família. O amor de Deus e a Deus e o amor afetivo não se excluem, nem se confundem, mas, como num tapete bem tecido, são os diversos fios que, juntos, vão tecendo a vida do ser humano, emprestando-lhe razão e sentido.



Texto extraído do Livro Discipulado de Dietrich Bonhoeffer, P 35 
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