quarta-feira, 2 de abril de 2014

Somos batizados

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 Em nós, em todo caso na maioria de nós, aconteceu algo quando éramos pequenos. Fomos batizados. Um ministro da igreja deixou escorrer água sobre nossa testa e disse: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. A água e a palavra que acompanha para descrever o significado da água, isso é o Batismo.
   A água é o elemento do qual se origina a vida. Mas a água não é um elemento em que um ser humano consiga viver. Ela é um símbolo tanto da vida quanto da morte. Quem cair na água morrerá se ninguém o tirar dela. A água reproduz o que aguarda um ser humano que ingressa neste mundo: Ele passa a viver.
     A vida não será sem medo e sofrimento, e o ser humano pode sucumbir nela. De maneira alguma poderá escapar de se tornar culpado, e talvez toda a sua vida se arruíne por causa dessa culpa. Ele tem, em todos os casos, a morte diante de si, mas essa será definitiva se alguém, por assim dizer, não o tirar dela. 
   Antigamente isso ficava mais claro, quando ainda se mergulhavam as crianças totalmente na água, até o fundo das velhas pedras batismais profundamente escavadas. Essas pedras batismais representavam, como se fossem a metade inferior de uma esfera, a metade inferior do mundo, em que o sofrimento, a culpa e a morte tudo determinam. Mas, diz o Batismo, o ser humano é puxado para fora de seu sofrimento, de sua culpa e de sua morte – para uma outra vida.
   No passado, batizavam-se principalmente os adultos, e algumas igrejas o fazem ainda hoje. Isso tem sentido. Afinal, quem é batizado deveria compreender o que acontece com ele ou ela. E deveria ter querido o Batismo. Hoje batizamos principalmente crianças. Isso também tem sentido. Pois aquilo que o Batismo nos dá não depende de nosso esforço, da clareza de nossas ideias, de nossa consciência, de alguma forma de comprovação, nem mesmo de um tipo qualquer de fé. Isso é presenteado assim, aliás, como a vida nos é dada sem nossa participação. No que diz respeito à morte, também nossa passagem por essa experiência escura para a luz acontece, como o nascimento de uma criança, independentemente de nossa compreensão e como algo que simplesmente nos sobrevém a partir da vontade de Deus.



Texto extraído do livro Quem crê pode confiar, P. 49
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