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A
teologia de Lutero apresenta uma compreensão surpreendentemente
moderna e inspiradora da razão e de seu papel na vida pública e
privada. Lutero valorizava muito a razão humana em quase todos os
assuntos terrenos. Ele considerava a razão o meio concedido por Deus
para explorar
a realidade psíquica, social e física e para moldar
o mundo natural, social e moral.
Embora
tivesse a razão em alta estima, é a crítica de Lutero à razão
que recebeu toda a atenção. Para ele, a razão é uma faculdade da
alma humana e faz, portanto, parte da natureza. Ela está vinculada
ao mundo criado, ao tempo e ao espaço. Quando respeita suas próprias
limitações, ela cumpre sua vocação dada por Deus. Quando
extrapola o mundo empírico, incorre em erro. A razão é
lamentavelmente inadequada, e até mesmo obstinadamente pecaminosa,
em questões religiosas e espirituais. Para Lutero, a razão, quando
empregada na religião, nunca atina com o Deus verdadeiro e acaba
construindo ídolos de sua própria fabricação. A crítica incisiva
de Lutero à razão no que tange à religião verdadeira e ao Deus
verdadeiro está por trás de sua famosa condenação da razão como
“prostituta” que se vende a qualquer um – e a qualquer
empreendimento religioso – que pagar bem.
Temos
de considerar ambos os aspectos – o apreço pela razão e a
restrição crítica dela – na avaliação da razão humana feita
por Lutero.
Ambos
os lados nos ajudarão a examinar como a razão pode ser considerada
uma ferramenta inestimável para tecer argumentos em discussões na
atualidade.
Texto extraído do Livro LUTERO - um teólogo para tempos modernos, P.198 Informações de como adquirir o livro em...
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