quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Os animais também têm direitos

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  Estamos acostumados a falar dos direitos inalienáveis da pessoa, como, por exemplo, o direito à vida, à liberdade, à educação e ao lazer. Pouco falamos, todavia, de direitos dos animais. Para muitos, o assunto é até estranho. As ideias, filosofias e teologias centradas nas pessoas e, atualmente, no indivíduo são construídas sobre o pressuposto de que tudo o que existe pode ser utilizado em benefício dos seres humanos: sua preservação, seu aprimoramento e progresso, seu bem-estar, sua felicidade, seu poder. Essa visão utilitarista não admite direitos próprios dos animais. Essa, no entanto, não pode ser a visão da comunidade cristã. A Bíblia contém textos muito antigos, que advogam a necessidade de os humanos respeitarem os direitos básicos dos animais.
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   Os animais são especialmente mencionados também no mandamento do descanso semanal: “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro” (Deuteronômio 5.13s; cf. Êxodo 23.12; 20.10). É fácil imaginar que os chefes de família observavam o descanso semanal, mas não permitiam que membros dependentes da família gozassem do mesmo direito. Por isso tornou-se necessária a menção explícita dos membros da família com direitos reduzidos: filhos, servos e estrangeiros. O que mais chama a atenção é que também os animais domésticos são mencionados como merecedores de descanso semanal. Sem o descanso não há vida plena nem digna – também para os animais domésticos.
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   Há textos que mostram sensibilidade para com animais atormentados ou maltratados. Em Deuteronômio 22.4, temos um desses casos: “Se vires o jumento ou o boi do teu irmão caído no caminho, não te desviarás deles. Ajuda teu irmão a levantá-lo!”. Aparentemente, às vezes, bois e jumentos tinham que carregar cargas tão pesadas, que não aguentavam o peso e desabavam. Aquele que presenciar uma cena dessas não deve furtar-se a auxiliar a recolocar o animal em pé. Através desse gesto presta-se um auxílio ao animal e a seu proprietário.


Texto extraído do livro Espiritualidade e compromisso, p. 48 e 49

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Um comentário:

  1. uma pessoa pode abrir mão de um direito,um animal não por isso eles não tem direitos

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