Esta semana,apresentamos a entrevista com o P. Deolindo Feltz, autor de Câncer e Espiritualidade: sofrimento e ajuda.Conheça um pouco mais sobre o conteúdo desta obra inédita, publicada pela Editora Sinodal.
P. Deolindo Feltz |
Confira a entrevista na íntegra:
Como está sendo a experiência de ter seu primeiro livro publicado?
Do ponto de vista pessoal é até estranho, já que não tenho um perfil mais intelectual. Tenho investido mais tempo na relação com pessoas do que com livros. É também engraçado ver meus antigos e recentes professores comprando o livro, ou mesmo o recomendando. Sinceramente, eu não imaginava que a pesquisa no mestrado resultaria numa publicação.
Do ponto de vista acadêmico, mesmo com certa timidez, acredito que o livro é uma obra importante, já que traz informações bastante atualizadas e consistentes a respeito do tema, coletadas ao longo de dois anos.
E do ponto de vista do público externo, me sinto mais tranquilo em dizer que se trata de uma obra que irá ajudar pessoas que querem obter informação e formação para atuar em contextos de enfermidade oncológica, na perspectiva da espiritualidade. Por isso, a sensação agora, diante de uma primeira experiência, é de um pouquinho de orgulho (aquele bom), de muita alegria, de gratidão e de satisfação.
Por que exercer o pastorado no Hospital do Câncer?
Espiritualidade e Medicina estão se reaproximando e estão em diálogo nos últimos anos. São inúmeras as pesquisas apontando para a possibilidade de medicina e fé, assim como no passado, poderem ocupar novamente os dois lados de um mesmo leito. O Sínodo Mato Grosso se propôs, em 2010, na forma de uma Capelania Hospitalar, a ocupar um dos lados.
Na conclusão do livro, você diz que o livro nos auxilia “a entender que as marcas deixadas por um câncer são muito profundas, mas não tão profundas quanto as marcas que podem ser deixadas por alguém que decide se colocar ao lado e cuidar”. Como o cuidado espiritual ajuda a pessoa doente?
A medicina tem bastante força quando se trata de dar esperança às pessoas enfermas. No entanto, a maior força para lidar com enfermidade ainda vem da fé. E nesse sentido, cuidar da espiritualidade das pessoas é ajudá-las através de visitas, orações, ritos, sacramentos, a se lembrarem de que são possuidoras de um sopro divino interior, que se constitui na maior força possível para lidar com as adversidades da vida. Naturalmente, essa força não evita sofrimentos, mas ajuda a lidar com eles. Assim, cuidar da espiritualidade das pessoas não é tanto se preocupar em levar algo, mas em conseguir ajudar as pessoas enfermas a se lembrarem de algo que sempre está ali.
Este livro surgiu em consequência do seu mestrado e de sua área de pesquisa. Você continua agora se especializando na Faculdades EST, em São Leopoldo, fazendo o doutorado. A temática de pesquisa é na mesma área?
Estou no primeiro ano de doutorado. Existem dúvidas ainda sobre as dimensões da pesquisa. Só uma coisa está clara: a pesquisa sai do mundo adulto e vai para a pediatria. Uma pergunta geral a ser respondida, nesse primeiro momento, poderia ser “Como cuidar pastoralmente, ou da espiritualidade, de pessoas em contexto de pediatria oncológica, seja família, seja paciente, seja profissional da saúde”?
O que significou para você trabalhar com a Editora Sinodal?
Confesso que fiquei surpreso com o parecer positivo a respeito da publicação da minha obra. Trata-se de uma editora que colecionou ao longo de muitos anos credibilidade e confiabilidade em se tratando de publicações, especialmente teológicas. Seus critérios, sua capacidade e sua percepção de mundo a fazem colocar no mercado obras necessárias e atualizadas, tornando-a uma referência. Com relação à minha publicação, houve agilidade, criatividade e publicidade. Não tem como não se orgulhar de ter um livro publicado pela Editora Sinodal.
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Até a próxima!
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