A bondade do objeto do amor
http://oqueeojantar.blogs.sapo.pt |
O luteranismo, muitas vezes, é visto
como socialmente desinteressado, mas esse estereótipo não é
válido. O luteranismo é conhecido pela ideia de que a fé liberta o
ser humano para servir o próximo em amor. Lutero define o amor ao
próximo como um empenho pelo bem do outro. A pessoa é libertada do
empenho pelo bem e ganho pessoal. Frequentemente, o reformador
descreve o amor ao próximo como um amor que visa unicamente a
satisfazer a necessidade do próximo. A necessidade do próximo é justamente o ponto em que Lutero começa a definir o bem. Ele não parte do esforço da pessoa para alcançar e garantir seu próprio bem, mas volta sua atenção para o próximo. Perguntas importantes surgem a partir do foco distintivo de Lutero sobre o próximo: Como se pode reconhecer o que o próximo necessita? Qual é a relação dessa determinação da necessidade com a liberdade negativa e positiva do próximo?
O melhor é começar com uma explicação de como Lutero compreende os conceitos de ''bom'' e ''bondade''. Toda bondade se baseia na bondade de Deus, que é bondade em si. Lutero, porém, não define a bondade como o atributo divino fundamental. Deus não somente é bondade, mas é amor. É bondade porque faz obras, mas essa bondade flui encantadoramente do amor de Deus. Os escritos do reformador sugerem que o amor de Deus não pode ser confundido com sua bondade, embora os dois atributos formem uma unidade estreita. O fato de Lutero privilegiar o amor sobre a bondade talvez seja uma pista teológica para sua compreensão do amor como o principio fundamental da realidade!
Texto extraído do livro LUTERO - um teólogo para tempos modernos, P. 239.
Maiores informações de como adquirir o livro em ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário