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Nesses momentos, faz ainda mais sentido o que Deus manda o
profeta Isaías dizer ao rei Ezequias, quando este estava gravemente doente: “Eu
vi as tuas lágrimas” (Isaías 38.5). Mas Deus não somente vê as lágrimas, ele
promete consolo: “Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas”. Essa é a
promessa do próprio Deus (Apocalipse 21.4).
Algumas vezes, no entanto, parece difícil sentir nossas lágrimas sendo enxugadas pelo próprio Deus. É como estar em uma caminhada de muitos quilômetros numa noite escura, sem lua cheia, e cansados para segurar uma lamparina, uma vela ou uma lanterna para alumiar o caminho. É preciso aceitar que outra pessoa possa, por algum tempo, auxiliar. E assim é que Deus nos alcança: através dessas muitas outras mãos que nos encontram.
Na escuridão, na dor, no choro que não quer parar, sempre
parece que o Deus de que tanto nos falam está longe demais, é forte para os
outros, mas não para nós. Então é preciso que sejamos tocados por muitas mãos
benfazejas para compreender que é ali, em nossa fraqueza, que começamos a
reencontrar nossa força. É através dessas mãos que Deus nos alcança quando
estamos fracos demais para encontrar a fonte da força que ele colocou dentro de
cada um – o sopro divino em nós, o fôlego de vida.
E depois de algum tempo, quando nos permitimos sair do
silêncio profundo da tristeza e começamos a entender melhor, pelo menos um
pouco melhor, o que aconteceu, será possível perceber que, na verdade, Deus não
se calou diante da nossa dor, nem se afastou. Ele apenas respeitou a nossa
necessidade de silêncio.
Texto extraído do Livro Eu vi as Tuas Lágrimas de
Vera Cristina Weissheimer
P. 22 e 23
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