quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Envelhecer e Bem Viver

Entusiasmo renovado

http://monlover.wordpress.com
   É natural que a terceira idade seja marcada por reflexões sobre o significado da existência e os projetos de vida. As vezes, fazemos avaliações duras demais, atribuindo valor maior ao que deu errado e lembrando mais os acontecimentos desagradáveis.
   Muitas vezes, fica a impressão de que a vida foi mais marcada por dificuldades do que por momentos felizes. Além disso, instala-se um sentimento de vazio e inutilidade pela falta de uma atividade produtiva tradicional. Como se a vida tivesse parado: o que resta é esperar.
   É importante fazer uma leitura otimista da vida, dando maior peso às horas felizes e enfatizando os projetos de vida que deram certo. 
   É preciso se valorizar. Enfatizar para si mesmo e para as outras pessoas que não se encontra no fim da vida, mas no início de uma nova etapa, em que pode ser útil, de forma diferente, mas igualmente relevante.
   A vida não é boa ou ruim, ela simplesmente é aquilo que desejamos dela e é hora para que nos reposicionemos diante desse grande milagre que cintila em nosso interior.
José Gino Dinelli








Texto extraído do Livro presente Envelhecer e bem viver,

 P 8 e 9

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Por que ser cristão?

O duplo mandamento do amor

http://jovenslivrescomcristo.blogspot.com.br
   Amor somente por amor se aprende. É inútil exigir amor de quem nunca foi amado. A pedagogia que o explique. Não se pode esperar compaixão de menores que sempre foram espancados. Normalidade psíquica tem como condição a experiência da acolhida e do amparo. Pais que ficam devendo amor a seus filhos tornam-se culpados de predispô-los à frustração e à violência. Pela mesma razão é fundamental a noção de que o amor de Deus carrega o ser humano do primeiro até o último dia. Educação religiosa tem na transmissão dessa certeza um de seus grandes objetivos. Ela ajuda a prevenir a brutalização das relações sociais. 
   Não há quem tivesse insistido na importância do amor como o fez Jesus de Nazaré. Anuncia e vive o amor de Deus. Conseqüentemente é este também o principal mandamento: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, e amar o próximo como a si mesmo. Está aí o resumo de toda lei e os profetas (Mateus 22.34s.). Em princípio, Jesus não diz nenhuma novidade. Ambos os mandamentos se encontram no AT, o do amor a Deus em Deuteronômio 6.4s. e o do amor ao próximo, em Levítico 19.18. O que é novo é que Jesus vincula um ao outro e que dele faz o critério dos demais. Esse mandamento não é um entre outros iguais, é antes o juiz de todos, a norma orientadora. Lei que conflita com o amor não pode ser de Deus.
http://www.tresmulheresemuma.com.br
   Com isso, outras leis não ficam abolidas. Amor é motivação, mas precisa de detalhamento. Assim acontece no Decálogo. O amor a Deus proíbe a idolatria, o amor ao próximo veta o assassinato, a fraude, o falso testemunho e qualquer outra ação que venha a lesar a sua vida. Por analogia encontramos no NT grande número de advertências, de imperativos, de conselhos. Pretendem ser explicação dos deveres do amor. Nasce assim a ética cristã. Em sua raiz está o amor. Mas o amor deve pensar e analisar situações para não pecar por ignorância ou ingenuidade. Não basta dizer: Ama! É preciso dizer o que isto significa diante de problemas às vezes complexos.
   Convém sublinhar tratar-se de um duplo mandamento. Na verdade, a exigência é uma só, ou seja, amar. Mas o amor tem duas direções: Deus e a pessoa do próximo. Proíbe-se a confusão. Deus não é meu próximo e o próximo não é Deus. Por isso, o cumprimento dos mandamentos não será idêntico. Amar a Deus significa reservar a ele o culto. “Ao Senhor teu Deus adorarás, e somente a ele darás culto”, assim reagiu Jesus à tentação de Satanás (Mateus 4.10), citando Deuteronômio 6.13. O próximo não tem o direito de ser adorado. Quem cultua o próximo dele se tornou escravo. A liturgia é o privilégio exclusivo de Deus. Enquanto isso, devemos ao próximo a diaconia. Desta Deus não tem necessidade. O duplo mandamento quer que ajudemos ao próximo e louvemos a Deus.
  Seja ressaltado que amor ao próximo pressupõe o amor a si próprio. Falta de auto-estima é prejuízo para o amor. Ele se corrompe tanto por egoísmo como por autodesprezo. Para sua saúde necessita da fé. Pois fé que confia em Deus constrói a pessoa. Habilita assim ao amor que quer a felicidade do outro juntamente com a própria. 



Texto extraído do Livro Por que ser cristão? P. 93 e 94.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Para melhor compreender-se no matrimônio

Para compreender é necessário desejá-lo

   Sim, é preciso ter bem presente, em primeiro lugar, que a condição primordial para a compreensão mútua é desejar, usar, buscar, querê-la. Parece uma afirmação muito banal. E, contudo, essa disposição fundamental para compreender o outro é mais rara do que se pensa. Escutem só as conversas deste mundo, seja entre povos ou casais. Na maior parte são diálogos de surdos. Cada qual fala sobre tudo para expor suas próprias ideias, para justificar-se, fazer-se valer e acusar o outro. São bem poucas as trocas de opiniões que dão testemunho de uma vontade real de compreender o parceiro.
http://www.maanaimjoias.com.br/
   Muitas pessoas vivem, assim, juntas durante anos sem se compreender de verdade, sem sequer procurar a compreensão. Vemos isso em famílias notáveis, cultas, inteligentes, entre personalidades de destaque, sábios e até professores de psicologia. Parecem não se dar conta de que falta algo em suas vidas, por mais belas que sejam no resto. E se têm algum vago mal-estar de consciência, podem aliviá-lo levando a esposa ao cinema às sextas-feiras.
   A maioria dos casais entrou na vida conjugal com um ideal muito belo de matrimônio. Há os que fizeram cursos para noivos, leram livros volumosos e muito sábios sobre a vida sexual, aprenderam muitas coisas interessantes, estudaram obras de psicologia – às vezes até um pouco demais! Quantos podem dizer, depois de várias dezenas de anos de vida em comum, que seu lar tem correspondido ao que esperavam? Bem poucos! 
   Quando Deus instituiu o matrimônio, disse: “Já não serão dois, mas um só”. Ser um significa evidentemente não ter segredo algum para o outro. Quando os cônjuges começam a ocultar algo, comprometem essa unidade fundamental do matrimônio e vão pelo caminho que leva ao fracasso. E isso, mesmo agindo com a melhor das intenções, e ainda que se oculte qualquer coisa muito boa (porque se pode ocultar aquilo de que se está orgulhoso tanto como aquilo de que se tem vergonha). Poderá haver consertos, retificações, aproximações. Mas a condição para um verdadeiro renascimento será sempre a máxima e mais difícil franqueza mútua.




Texto extraído do Livro Para melhor compreender-se no matrimônio P. 7 e 8
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Família e Internet

Pluralidade familiar e internet

http://www.rapidanet.com/internet-rs
  Para que possamos entender as repercussões da entrada da internet na vida cotidiana das famílias, precisamos perguntar: Quem é da família, afinal? Quais os membros desse grupo significativo (e múltiplo) de pessoas que se podem considerar “da família”? As evidências indicam que a família se pluralizou, não só na sua configuração e estrutura, mas também na forma de concebê-la e conceituá-la. Estudiosos do tema, no início da década, já indicavam a necessidade de conceituar famíliaS no plural, considerando não ser possível que um único conceito dê conta da atual complexidade na definição do que é família.
  Longe dos prognósticos que surgiram com força nos anos 1980, vislumbrando que a família era uma espécie em extinção, hoje temos múltiplas famílias, sem que tenham perdido seu sentido e função, mas que demandam diferentes olhares e formas de compreendê-las. Nesse sentido, se pensarmos na família como um sistema, podemos constatar que suas características básicas permanecem inalteradas, mesmo frente às demandas cada vez mais complexas que tem enfrentado. Isto é, a família segue tendo que dar conta da educação, do cuidado e da proteção de seus filhos, por exemplo. Ainda que essas tarefas tenham se sofisticado devido à multiplicidade de estímulos e de ofertas trazida pelo próprio desenvolvimento e acesso à tecnologia, sua essência se mantém inalterada no que diz respeito à responsabilidade dos pais para com sua prole.
http://www.einstein.br
  Então podemos dizer que a mesma necessidade de orientar, limitar, filtrar e acompanhar a vida social de um filho, antiga função exercida por nossos antepassados com sua prole, segue sendo atual, ainda que esse filho hoje esteja dentro de casa na frente do computador. Essa foi uma das sofisticações trazidas às famílias em tempos de internet. Hoje, pais, mães e responsáveis por crianças e adolescentes já não podem estar certos da proteção de seus filhos pelo fato de estarem em casa “mexendo no computador”. A internet abre uma porta ao mundo virtual que se caracteriza por uma infinidade de possibilidades, nem todas elas promissoras e educativas. Nesse caso, a aparente proteção de ter o filho “em casa” deve ser vista com cuidado e atenção.
  É inegável o acesso que os jovens têm hoje à internet. Pesquisa realizada com jovens gaúchos, por exemplo, revelou que 89,6% deles possuem computador com acesso à internet em casa e 100% acessam a rede mundial de computadores – internet. Frente a tais evidências, é importante que se discutam esses novos desafios considerando as características do sistema familiar e de que forma essas características precisam ser flexibilizadas para incorporar padrões de comportamentos que são demandados pelas novas tecnologias. Entre continuidades e transformações, as famílias precisam incorporar os aspectos da vida contemporânea sem abrir mão dos seus valores e dos aspectos que fortalecem sua identidade.



Texto extraído do Livro Família e Internet P. 15,16 e 17
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